Por um mundo bem melhor
O Juventude Cidadã é um projeto que teve início há mais de dez anos e que se trata de uma iniciativa do governo para engajar os jovens cidadãos em atividades artísticas, esportivas e culturais. De lá pra cá, essa ação vem trazendo oportunidades incríveis aos jovens de classe média baixa, que demonstram vontade de ingressar, de alguma forma, em oficinas gratuitas de música, dança, teatro, pintura, moda e outras coisas. O principal objetivo dessa coordenadoria é proporcionar aos jovens oportunidades para desenvolverem seus talentos, sentirem-se protegidos, seguros, e que conquistem caminhos alternativos que lhes proporcionem mais qualidade de vida.
Esse ano é o terceiro em que acompanho o fechamento das oficinas de São Bernardo do Campo, ou seja, que vou lá prestigiar o trabalho do pessoal que está finalizando o curso e apresentando publicamente os resultados. É sempre maravilhoso assistir às apresentações porque me emociono de verdade, vendo o que é possível fazer com tão poucos recursos desde que se tenha paixão pela arte e força de vontade para construir alguma coisa boa. Que bom seria se todos os jovens pudessem visualizar esse espaço e utilizá-lo para seu próprio desenvolvimento em vez de, muitas vezes, envolver-se com drogas, violência e outras coisas que garantem sua permanência na sombra da ignorância e subdesenvolvimento.
Uma das peças teatrais que assisti na terça, dia 28, no teatro Lauro Gomes, foi uma adaptação do “Caso dos Dez Negrinhos”, mais conhecido atualmente como “Não Sobrou Nenhum”, romance policial de autoria da Ágatha Christie e que, para a peça, levou o nome de “O caso da Ilha do Negro” e foi dirigida pela Crystiane Depret, professora de canto e coral que atuou nas outras oficinas que assisti, em anos anteriores e, inclusive, na adaptação do “Mamma Mia!”, no final do ano passado, como parte da diretoria, produção e elenco.
Outra apresentação que me chamou a atenção esse ano foi uma que infelizmente não lembro o título, mas que julgo, talvez, a mais bonita da noite. A cena começa com um casal apaixonado, ao som de uma canção romântica, aos beijos e abraços, quando, de repente, a garota é tomada dos braços de seu amado e tentada por diversos outros personagens que vão entrando na cena um a um, ordenadamente, representando adversidades, pecados ou defeitos como, por exemplo, uma garota toda produzida e passando batom que é o símbolo da vaidade, uma pessoa bêbada cambaleando que simboliza o vício, um homem de aparência elegante simbolizando o poder, e assim por diante. Esses personagens iam puxando a protagonista, que, por sua vez, afastava-se cada vez mais de seu amor e via-se sendo engolida pela multidão que a estava já quase matando. No ápice da apresentação, ela tenta alcançar a mão do seu companheiro que tenta buscá-la e, irritado com a situação, toma a frente de todos os personagens, arrancando a amada de todas as injúrias e a salvando com o amor. Lindo final.
Assim como essa, outras apresentações tocaram a minha alma durante esses três anos, como Ameno, Joga pedra na Geni, Asa Branca, entre tantas outras...Pena que não deu pra tirar fotos. :-(
Comentários
Postar um comentário
Deixe seu comentário aqui e não esqueça de se identificar. Beijos!