Une Chanson Triste


“Tem dias como esse
Que parecem não ter fim
Há cinzas tão escuros
Quanto o azul que há em mim
Tem dias que a tristeza vem
E estende um véu em tudo que há aqui


Queria ter certeza
Que alguém vai ouvir
Mas todos nessa mesa
Um dia têm que partir
Uns dias numa igreja e quem sabe
Eu me tornasse um dos fiéis


Tanto mar
Me dê vento e vela
Ou razão pra ficar.”


(Herbert Vianna)

Eu queria mesmo é que tudo voltasse ao normal, mas surpreendentemente, desejando isso, percebi que minha vida sempre esteve longe de ser normal, exceto pelas coisas triviais, como ter um trabalho, estudar ou planejar o futuro, de alguma forma.
Assisti uns filmes e seriados nesse final de ano, ouvi músicas que gosto, reencontrei amizades antigas, fiz contato com pessoas novas e consegui finalmente reunir a “família”. Pergunte-me se isso fez de mim uma pessoa feliz. Pergunte ainda se existe alguma fórmula na minha cabeça que faça parecer que existe algum tipo de felicidade. A resposta será sempre meio nebulosa. 
Quando você não se sente à vontade em lugar nenhum, onde é que você deveria estar? Nas fotografias de lugares distantes e bonitos? Na proteção de tela do computador? Dentro dos filmes ou seriados?
Você já se deparou com uma ponte? No filme It’s kind of a Funny Story, há uma ponte durante a noite, o vento sopra no cabelo do menino e eu acho essa uma das mais lindas cenas do filme. Aliás, esse filme define muito bem diversas coisas que eu sinto e que eu sempre acho, no final das contas, que são bobeiras a serem jogadas no lixo.


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