Penso, logo existo



Mulheres são muito emocionais, às vezes tanto que dá até raiva. Este é um dos motivos por que eu odeio ser mulher. Para a maioria dos homens é simples lidar com o “não sentir” ou ao menos, parece tranquilo. Basta olhar para meus irmãos e vê-los jogando videogame, saindo com os amigos, sem a necessidade de conversar sobre “coisas sérias”, sem essa necessidade absurda que a maioria das mulheres têm de refletir sobre as coisas e analisar o mundo, etc...
Como a maioria das regras, essa também tem suas exceções, existem inúmeros poetas, escritores, artistas ou quaisquer outros seres sensíveis que estão aí para provar isto, independentemente de serem homens ou mulheres, mas quando se olha para o lado feminino, as exceções à regra são raríssimas.
De uns dias pra cá, tenho refletido muito e isso me incomoda. Pensar demais me incomoda, pois pensando sobre as coisas eu deixo de vivê-las, ou deixo de viver intensamente. Não pensar demais me deixa leve e solta para viver o presente, sem me preocupar com o futuro ou com o passado, sem ficar tentando imaginar o que as outras pessoas pensam, sem ponderar o que é certo ou errado, acabo vivendo como bicho, seguindo o instinto, a intuição, um sexto sentido, sei lá.
Esse pensar demais me torna paranoica e egocêntrica, perco a razão facilmente, “me sinto frágil, deslizando solto, faço meu todo o sentir do mundo, contenho em mim todo o universo inexplicável”... insegura, tenho dificuldades para aprender a lidar com isto e é bastante angustiante, porém, acredito (e espero) que enriquecedor.
To numa fase meio “Comer, Rezar, Amar”, só que sem dinheiro, sabe? J


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