Oh céus, oh azar, oh vida
A gente vive reclamando que não tem dinheiro, mas esquecemos que nem todos nós precisamos gastar todo nosso salário com remédios ou tratamentos médicos para nos mantermos vivos e em boas condições. Poucos realmente otimizam ou valorizam seu próprio dinheiro como deveriam. Quase todo mundo que eu conheço acha que ganha mal.
Reclamamos que estamos muito gordos ou muito magros, nunca estamos felizes com o que somos, mas são poucas as pessoas que eu conheço que dão uma importância verdadeira à uma alimentação ou uma rotina saudável no seu dia-a-dia (há muito pouco tempo eu poderia me incluir perfeitamente neste grupo). Deixamos de andar, caminhar, correr, se esticar. Levamos uma vida inerte e cheia de desculpas baratas.
Vivemos insatisfeitos com as pessoas ao nosso redor porque elas não são do jeito como gostaríamos, mas posso contar nos dedos quantos se esforçam para tentar enxergar o melhor que há em cada um, como facilmente pensamos a nosso próprio respeito.
Reclamamos repetidamente do nosso trabalho, mas pouquíssimos de nós corremos atrás dos nossos sonhos, poucos efetivamente procuram algo melhor, que se encaixe melhor. E muitas vezes ainda esquecemos completamente dos aspectos positivos do nosso trabalho, aqueles que nos fizeram procurá-lo um dia. Menos ainda nos entregamos à mudança que desejamos ver no mundo.
O problema é sempre externo, sempre outro, sempre lá...
A verdade é que a maioria de nós vive a maior parte da vida, de nossos dias contados, reclamando de tudo, sem mudar nada. Esquecemos as coisas boas enquanto sentimos a doce ilusão de que temos a vida em nossas mãos, enquanto ela passa, muitas vezes em vão.
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