Verdades que doem
A gente entra no carro depois da
correria para carregá-lo com padrões e ferramentas diversas e ligamos o rádio
fazendo de conta que a música no final do dia vai nos fazer relaxar ou esquecer
as preocupações. Nada feito, o assunto quase sempre é o que aconteceu durante o
dia, a semana, o mês e às vezes, até mesmo, o último ano. As insatisfações,
inseguranças, críticas e tudo o que transforma as nossas vidas em verdadeiras
merdas. Tento não pensar em tudo isso e me lembro que quando não conhecia tão
bem o meu colega de trabalho eu tinha mais sucesso em não conversar sobre o
trabalho, embora não fosse nem um pouco mais feliz do que hoje. Não tenho
vontade de ligar para meus pais, nem para meus irmãos, nem para nenhuma amiga.
Não tenho vontade de conversar com ninguém, nem de ouvir a opinião de ninguém
que não seja imparcial. Para falar a verdade, na maioria dos dias eu não tenho
vontade de nada e me sinto envergonhada em deixar que as pessoas percebam esta
fragilidade. Fico imaginando que nenhuma das pessoas ao meu redor é tão fraco
assim como eu. Verdades que doem.
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