O site fora do ar
Acredito que há momentos na vida
em que a gente se sabota sem querer e que este fato é necessário pra gente
crescer e se conhecer o suficiente para, no futuro, poder morrer com uma
sensação de dever cumprido, de estrada percorrida, mesmo que leve, mesmo aparentemente
tardia...
Não existe muita lógica nas
coisas que acontecem, isso já deu pra perceber. Está longe de haver alguma
explicação, como sempre, essa vida é como Lost, o seriado... nunca temos muita
definição pra nada e assim vão se passando os anos. O fato é que nem sempre a
gente realmente sabe o que é melhor pra nós mesmos, na verdade, na maior parte
do tempo, acredito mesmo que a gente não sabe, por isto cometemos tantos erros
e fazemos tantas merdas, porque somos todos amadores e como dizia Chaplin, a
vida é tão curta que não dá pra ser mais que isto! Eu li um texto escrito numa
página de internet e eu salvei o link mesmo sabendo que não teria coragem de
acessar novamente só pra ler os próximos capítulos, talvez porque isto me faria
sentir muita saudade ou talvez por medo de sentir coisas das quais eu poderia
me arrepender, são tantas as coisas que a gente deixa de fazer por medo...
Quando finalmente criei coragem para ir lá ler os próximos textos que me fariam
sentir sei lá como (mas eu queria mesmo descobrir), já não estavam mais lá e
nem mesmo uma fotografia havia para eu recordar. Sei que poderia pegar o
telefone e ligar e que ele iria me atender e conversar, mas também sei que isto
me machucaria igual ou mais do que quando nos vimos pela última vez. A imagem dele
na minha vida tem sido deixada de lado para evitar a dor de ter aberto a gaiola
deixando o passarinho sair voando livremente, as lembranças são evitadas ao
máximo não por serem ruins mas por serem boas demais para eu ter hoje
consciência de que deixei para trás. Às vezes é mais fácil deixar as coisas na
cabeceira do que encarar e aceitar que renunciamos a tudo. Covardemente, aprendemos
que a necessidade de conhecer-se a si mesmo é maior do que a vontade consciente
de ser feliz. Às vezes acho que vivo em um mundo paralelo, criado dentro da
minha imaginação, no Fantástico Mundo de Cidiane.
De repente, não mais que de
repente, a gente se vê resgatando lembranças por meio de filmes e jogos,
músicas e lugares, livros e descobertas. Catando os pedaços da gente do chão,
sem perceber que, sutilmente, decidimos resgatar diversas formas de viver que
antes não sentíamos necessidade. Agradeço a Deus, então, por estar viva e ter
estas lembranças.
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