Todos dizem eu te amo
Desde quando comecei a
assistir o Arquivo X, além de amar as histórias e suas tramas de conspiração,
apaixonei-me perdidamente pela dupla Mulder e Scully. Repare que não escrevi
casal, mas dupla.
Eles começam o seriado
como parceiros de trabalho no FBI, mas esta relação evolui para muitos outros
níveis no decorrer das temporadas, enquanto a vida dos personagens cresce e
evolui, juntos e separados. A verdade é que trata-se de uma relação quase inexplicável,
só quem já assistiu Arquivo X, do início ao fim, pode entender precisamente a
que me refiro,
Os parceiros de FBI vivem
suas vidas em busca de um lema que é o enredo da série e virou até o seu
slogan: “a verdade está lá fora” ou, se preferir, um segundo slogan que diz “eu
quero acreditar”. O seriado tenta defender a ideia de que existe uma verdade
escondida no universo que só é possível ser vista por quem tiver uma visão
muito mais ampla do que a maioria das pessoas têm, em outras palavras, por quem
quiser acreditar. Essa perseguição por uma verdade escondida é a conexão entre Mulder
e Scully, que acabam vivendo suas vidas com base neste mesmo princípio. Eles
quase nunca se beijam na série (somente duas vezes em nove temporadas), nunca dizem
“eu te amo” um para o outro, nunca assumem publicamente um relacionamento e
nunca estiveram separados desde o dia em que se conheceram, nem mesmo quando
foram obrigados a se separar!
Mulder e Scully nunca mencionaram
seus sentimentos um para o outro explicitamente, fazendo parecer, muitas vezes,
que nem sequer sentiam nada, porém, no decorrer da história, o espectador
percebe, apenas pelas ações dos personagens, que a grandiosidade do que sentem
está em suas atitudes um com o outro, na lealdade de suas ações. Gillian Anderson disse, em uma entrevista, que a ligação entre os dois era tão forte,
que muitas vezes apenas um olhar dizia mais sobre eles do que uma relação
sexual entre quaisquer outros personagens de outros filmes ou seriados.
Um dos episódios mais
lindos, que vi recentemente, foi um em que a Scully deixa uma mensagem para seu
filho, dizendo “Arrisque encontrar sua alma gêmea, seu oposto perfeito, que o
protege e também o coloca em perigo. Arrisque lançar-se em grandes jornadas com
esse outro, na busca de verdades fugazes e imponderáveis. Se porventura tiver essa
chance, não deixe de aproveitá-la. A verdade está ao alcance. E, se um dia
contemplar um milagre, como eu contemplei em você, aprenderá que a verdade não
é encontrada na ciência ou em algum plano invisível, mas sim olhando dentro do seu próprio coração.
E nesse momento será abençoado e amaldiçoado. Porque a mais verdadeira das
verdades é a que nos mantém juntos ou dolorosamente separados” (Dana Scully,
The X Files)
É impressionante como
esta citação me fez pensar no meu próprio relacionamento, com as pessoas em geral, meu "namorado" e
com o mundo...
Sabe, há muito tempo venho
pensando que devo ser mesmo meio extraterrestre, mas sei também que, de uma
forma muito sincera comigo, estabeleci alguns valores e defenderei até o fim o meu direto de dizê-los... talvez um dia eu perceba que estou errada,
ninguém está livre disso, mas do fundo da minha alma, acredito piamente que
isto não acontecerá.
Este ano completarei 33 anos e isto me coloca em uma posição privilegiada em relação ao que eu era dez anos atrás, pois com o tempo adquirimos não apenas maturidade, mas sabedoria diante de vários aspectos da vida. Essa luta constante pela felicidade, de uma forma meio diferente, fora do comum às vezes, talvez até um pouco louca na visão de outros, ela baseia-se num simples pilar chamado honestidade. Acredito que se você quer ser feliz, deve ser o mais honesto possível com você mesmo, até mais do que é com os outros. Tenho percebido que a maioria das pessoas não é sincero, se sabotando sem perceber, deixando de viver uma vida fiel a si mesmos, e eu falo com conhecimento de causa, pois eu já fiz isto muitas vezes sem perceber, naquele momento. Por isso hoje tento ser fiel aos meus sentimentos de uma forma como nunca havia feito antes, e desde que comecei a agir assim eu nunca mais fui infeliz, estou completa.
Há aproximadamente dois anos eu encontrei alguém que viria, despretensiosamente, mudar e completar a minha vida. Muitos acham estranho, podem até julgar, mas acho que realmente não somos um casal muito comum. Não temos planos de casamento, como a maioria dos casais, não usamos alianças, não mudamos desesperadamente o status no facebook, não vivemos de aparências (nem para nós mesmos). Não nos preocupamos em dar satisfação de cada segundo do nosso dia, não ficamos de beijinhos e carícias em público, não nos obrigamos a fazer nada que não queremos, não deixamos de fazer as coisas que gostamos. E nada disto nos faz falta ou significa que temos menos compromisso um com o outro do que as outras pessoas, às vezes acho até que temos mais.Simplesmente acreditamos que se você tem amigos, gosta de passear no shopping ou jogar videogame, por quê deixar de fazer estas coisas quando encontra um parceiro? A questão de tudo isso é que devemos ser mais, muito mais do que um simples casal, devemos ser uma conexão genuína.
Este ano completarei 33 anos e isto me coloca em uma posição privilegiada em relação ao que eu era dez anos atrás, pois com o tempo adquirimos não apenas maturidade, mas sabedoria diante de vários aspectos da vida. Essa luta constante pela felicidade, de uma forma meio diferente, fora do comum às vezes, talvez até um pouco louca na visão de outros, ela baseia-se num simples pilar chamado honestidade. Acredito que se você quer ser feliz, deve ser o mais honesto possível com você mesmo, até mais do que é com os outros. Tenho percebido que a maioria das pessoas não é sincero, se sabotando sem perceber, deixando de viver uma vida fiel a si mesmos, e eu falo com conhecimento de causa, pois eu já fiz isto muitas vezes sem perceber, naquele momento. Por isso hoje tento ser fiel aos meus sentimentos de uma forma como nunca havia feito antes, e desde que comecei a agir assim eu nunca mais fui infeliz, estou completa.
Há aproximadamente dois anos eu encontrei alguém que viria, despretensiosamente, mudar e completar a minha vida. Muitos acham estranho, podem até julgar, mas acho que realmente não somos um casal muito comum. Não temos planos de casamento, como a maioria dos casais, não usamos alianças, não mudamos desesperadamente o status no facebook, não vivemos de aparências (nem para nós mesmos). Não nos preocupamos em dar satisfação de cada segundo do nosso dia, não ficamos de beijinhos e carícias em público, não nos obrigamos a fazer nada que não queremos, não deixamos de fazer as coisas que gostamos. E nada disto nos faz falta ou significa que temos menos compromisso um com o outro do que as outras pessoas, às vezes acho até que temos mais.Simplesmente acreditamos que se você tem amigos, gosta de passear no shopping ou jogar videogame, por quê deixar de fazer estas coisas quando encontra um parceiro? A questão de tudo isso é que devemos ser mais, muito mais do que um simples casal, devemos ser uma conexão genuína.
Acho engraçado quando
vejo as pessoas proibindo (ou se privando) umas às outras de irem a algum lugar ou de fazerem
alguma coisa, já que está mais do que claro que ninguém é de ninguém e por que raios eu iria querer alguém do meu
lado por um motivo tão estúpido como a obrigação de estar ao meu lado? Não!
Eu não sou o tipo de mulher que vai encher o saco do cara porque ele olhou para uma garota bonita na rua, nem porque ele tem amigas, nem porque ele saiu sem mim... e pode ser que isto faça de mim a maior idiota do mundo (principalmente aos olhos de outras mulheres), mas eu quero ser mais do que apenas uma mulher comum, como qualquer outra, dessas que viram personagem de piada machista, dessas que vigiam o marido. Eu quero ser muito mais do que isso!
Acredito que um relacionamento deve transcender qualquer uma dessas ações primitivas, mas infelizmente muitas vezes subestimamos nossa própria capacidade de relacionar-se com os outros simplesmente porque é comum prender, é comum brigar, é comum se distanciar, é comum se separar. Dessa forma, fechamos os olhos para o entendimento de que não devemos perceber a transição entre o antes e o depois, nenhum dos dois precisa deixar de ser o que é, ninguém precisa abrir mão de si mesmo, precisa mesmo é se completar... e quando você menos espera, já está num maravilhoso compromisso "descompromissado".
Engraçado como eu só percebi o que realmente importa depois de muitos fracassos românticos, depois de muitos "eu te amos" incertos, muita frustração, muita necessidade de me sentir mais adequada a sociedade... só que um dia caiu a ficha de que eu não preciso ser igual a todo mundo (e nem ele, nem nós) e que quanto mais eu tentava, mais infeliz eu ficava... então descobri que é tão simples, tão fácil, eu só devia seguir o meu coração, e ele me dizia o tempo todo que eu não preciso casar e ter filhos para ter um relacionamento feliz e bem sucedido, eu não preciso postar fotos no facebook de nós dois de rostinho colado pra mostrar ao mundo que eu tenho alguém, não preciso usar aliança e resumir o meu compromisso a este pedaço de metal, nem preciso assinar um pedaço de papel num cartório, não preciso ser igual a ninguém... eu só preciso ser eu mesma, e deixar que ele seja ele mesmo, assim somos um do outro e ao mesmo tempo livres... em uma conexão espantosa e inesperada. "O que importa não é a palavra, mas a conexão que a palavra indica"...Todos dizem "eu te amo", nós simplesmente praticamos.
Eu não sou o tipo de mulher que vai encher o saco do cara porque ele olhou para uma garota bonita na rua, nem porque ele tem amigas, nem porque ele saiu sem mim... e pode ser que isto faça de mim a maior idiota do mundo (principalmente aos olhos de outras mulheres), mas eu quero ser mais do que apenas uma mulher comum, como qualquer outra, dessas que viram personagem de piada machista, dessas que vigiam o marido. Eu quero ser muito mais do que isso!
Acredito que um relacionamento deve transcender qualquer uma dessas ações primitivas, mas infelizmente muitas vezes subestimamos nossa própria capacidade de relacionar-se com os outros simplesmente porque é comum prender, é comum brigar, é comum se distanciar, é comum se separar. Dessa forma, fechamos os olhos para o entendimento de que não devemos perceber a transição entre o antes e o depois, nenhum dos dois precisa deixar de ser o que é, ninguém precisa abrir mão de si mesmo, precisa mesmo é se completar... e quando você menos espera, já está num maravilhoso compromisso "descompromissado".
Engraçado como eu só percebi o que realmente importa depois de muitos fracassos românticos, depois de muitos "eu te amos" incertos, muita frustração, muita necessidade de me sentir mais adequada a sociedade... só que um dia caiu a ficha de que eu não preciso ser igual a todo mundo (e nem ele, nem nós) e que quanto mais eu tentava, mais infeliz eu ficava... então descobri que é tão simples, tão fácil, eu só devia seguir o meu coração, e ele me dizia o tempo todo que eu não preciso casar e ter filhos para ter um relacionamento feliz e bem sucedido, eu não preciso postar fotos no facebook de nós dois de rostinho colado pra mostrar ao mundo que eu tenho alguém, não preciso usar aliança e resumir o meu compromisso a este pedaço de metal, nem preciso assinar um pedaço de papel num cartório, não preciso ser igual a ninguém... eu só preciso ser eu mesma, e deixar que ele seja ele mesmo, assim somos um do outro e ao mesmo tempo livres... em uma conexão espantosa e inesperada. "O que importa não é a palavra, mas a conexão que a palavra indica"...Todos dizem "eu te amo", nós simplesmente praticamos.
“amar é relacionar-se com os outros e ao mesmo
tempo permitir que sejam eles mesmos” (Karen Berg)
P.S.: Mulder e Scully já são vistos por muitos ao redor do mundo como um exemplo de relacionamento, como no texto "Arquivo X - Um guia para relacionamentos", deste site: http://www.geekquality.com/smulder/
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