O que você gostaria de fazer hoje?



Acabei de reler (outra vez!) o discurso do Steve Jobs em Stanford e, como sempre, ele me dá uma força imensa para continuar, em todos os aspectos e momentos da vida. E a avalanche de mensagens positivas e lindas como essa continuou com o “continue a nadar” do Procurando Nemo e “keep walking”, do Johnie Walker...como se fosse tão fácil assim como parece. Mas essa parece ser a única coisa que podemos fazer em alguns momentos, quando a vida bate com um tijolo na nossa cabeça e a gente sabe que não pode perder a fé. 
Esses dias estava lendo uma publicação que eu vi no mural de uma amiga no facebook e fiz questão de compartilhar, por considerar importante demais e desejar que o máximo possível de pessoas lessem. Trata-se de um texto chamado “Os cinco maiores arrependimentos dos pacientes terminais”, baseado no livro americano “The top five regrets of the dying”, e publicado no site do hospital Albert Einstein: http://www.einstein.br/espaco-saude/bem-estar-e-qualidade-de-vida/Paginas/os-cinco-maiores-arrependimentos-dos-pacientes-terminais.aspx
O texto é, na verdade, uma análise da publicação, feita pela Dra. Ana Cláudia Arantes – geriatra e especialista em cuidados paliativos do Einstein – que comentou, de acordo com a sua experiência no hospital, cada um dos arrependimentos levantados pela enfermeira americana. 
O resultado mostrou o seguinte top five
1. Eu gostaria de ter tido coragem de viver uma vida fiel a mim mesmo, e não a vida que os outros esperavam de mim; 
2. Eu gostaria de não ter trabalhado tanto;
3. Eu gostaria de ter tido coragem de expressar meus sentimentos;
4. Eu gostaria de ter mantido contato com meus amigos; 
5. Eu gostaria de ter me deixado ser mais feliz. 
E a dica da especialista é a seguinte: “se você pensa que, no futuro, pode se arrepender do que está fazendo agora, talvez não deva fazer. Faça o caminho que te entregue paz no fim. Para que no fim da vida, você possa dizer feliz: eu faria tudo de novo, exatamente do mesmo jeito”. 
Para mim, embora a pesquisa não traga tanta novidade, o primeiro item da lista é o mais tocante, pois acredito que seja mais comum do que se pensa, e que mesmo aquelas pessoas que morrem de repente, naqueles últimos segundos de consciência, talvez passe em suas cabeças, como um filme, essa espécie de arrependimento. Há dias venho pensando nesse texto, no discurso de Jobs, na Dory e sobre como a vida da gente é muito curta e como a gente se acostuma com ela a ponto de acreditar que é para sempre, esquecendo, inclusive, que a de ninguém é. 
Estava voltando do trabalho hoje no ônibus lotado, com os pés doendo, sentindo um cansaço nas pernas e um calor absurdo, o suor escorrendo na minha testa, com as pessoas se espremendo e se odiando, até que senti uma brisa entrar pela janela e avistei o horizonte alaranjado, com o sol se pondo, ouvindo as risadas engraçadas do podcast do pessoal do Jovem Nerd, e fiquei me fazendo a mesma pergunta que o Steve Jobs fez: “Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que farei hoje?” e a minha resposta foi “não”. Então eu soube que preciso mudar alguma coisa, porque eu acredito que ele estava certo sobre isso. 
Fiquei pensando se eu já tive, algum dia, coragem de viver uma vida fiel a mim mesma e a resposta, felizmente, foi “sim”, mas não em todos os momentos. Nem mesmo agora.
E você, se hoje fosse o seu último dia, gostaria de fazer o que fará hoje?



"E o mais importante: tenha coragem de seguir o seu próprio coração e a sua intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente quer se tornar. Todo o resto é secundário."

Comentários

Postagens mais visitadas